sexta-feira, 6 de março de 2015

Adendo a 1ª Aula de História 2º Ano Ens. Médio
Reino Merovíngio

  
Império ou Reino Merovíngio perdurou entre os anos de 481 a 751, descendentes de Meroveu (impôs sua hegemonia na Gália), os primeiros reis francos (constituíram o mais poderoso reino da Europa Ocidental) dessa dinastia passaram a ser chamados de Merovíngios. Os francos passaram a ser conhecidos na história a partir do século III, devido suas ações de pirataria nas costas do mar do Norte e por terra, no momento que a Gália sofria invasões por volta do ano 258. Os francos aproveitaram o momento em que Roma se encontrava enfraquecida, por causa das invasões bárbaras de 406, e assim, adentraram com o intuito de ampliar suas fronteiras.
O primeiro franco a iniciar o reinado merovíngio foi o neto de Meroveu, Clóvis. Este organizou campanhas militares, aliando-se à Igreja. Vez que, na Batalha de Tolbiac (496) venceu os alamanos, convertendo-se ao cristianismo. Em 500, junto aos visigodos venceu os burgúndios. Sete anos mais tarde acabou com os visigodos. Com o desenvolvimento administrativo e as conquistas territoriais, Clóvis ampliou as fronteiras do Reino Merovíngio. Sendo assim, foi de fato o fundador do reino, unificando todos os reinos francos. De certo modo, a conversão de Clóvis e/ou sua ligação com a Igreja fortaleceu o poder real. Após sua morte, o reino foi dividido entre seus filhos, como era de costume entre os francos, principalmente devido a disputa ocorrida entre os herdeiros. Mas, o reino foi unificado novamente com a chegada Clotário II ao poder em 613.
Dentro do Reino Merovíngio, o rei era tido como uma forma de patrimônio, esse indicava magnatas para funções administrativas. Esperando que fosse mantido com produtos de seu domínio. Com o passar do tempo, aos poucos, o sistema foi evoluindo até o feudalismo, durando suas expectativas até a Guerra dos Cem Anos.
Segue com a tabela abaixo uma linha cronológica aproximada dos reinados merovíngios e suas principais ações desenvolvidas por seus reis.
Reis Merovíngios
Ano em que assumiu o Reinado
Principais Ações
Clotário I
558
Estabelece a capital do reino em Paris.
Clotário II
613
Consegue restabelecer a unidade merovíngia e herda outros reinos.
Dagoberto
639
Dividiu novamente o reino em dois, um na Austrásia e outro em Borgonha, a partir deste momento a nobreza foi perdendo forças.
Childerico III
-
Não resistiu ao poder dos carolíngios. Devido a dinastia está assumindo praticamente função formal.
Pepino III
750
Derrubou a dinastia merovíngia que naquele momento era liderada por Childerico III. Surgindo assim, a dinastia carolíngia.
Obs.: Acima contém apenas alguns dos reinados merovíngios.
Curiosidades:
Os Merovíngios assumiam os títulos de reis com 12 anos, sendo que, cabia aos Administradores do Palácio o cargo de governar.
Mesmo os merovíngios teoricamente convertidos ao cristianismo, tinham sinais ligados ao misticismo, pois acreditavam em seres místicos (a exemplo de Meroveu que acreditava em um segundo pai, que vivia no mar – o Quinotauro), e ainda, o motivo dos reis merovíngios terem cabelos cumpridos dava-se devido a Sansão (personagem bíblico) que continha a sua força nos cabelos. Por isso, Pepino ao derrotar a dinastia merovíngia mandou cortar os cabelos de Childerico para mostrar superioridade e humilhar os merovíngios.
Os reis e rainhas detinham certo poder sob o poder eclesiástico, com isso, desfrutavam de algumas regalias. Vários foram os merovíngios que acabaram recebendo o título de santos, simplesmente por servirem de bispos e abades ou ainda por instituírem abadias.
A economia foi ruralizada devido a queda artesanal, a destruição de caminhos, e a falta de moeda que fez o comércio decair, com isso, as principais atividades econômicas passaram a depender exclusivamente da terra (agricultura).
Império Carolíngio
História do Império Carolíngio, Carlos Magno, conquistas, arte, educação, administração, coroação


Introdução 


O Império Carolíngio, também conhecido como o Império de Carlos Magno, foi o momento de maior esplendor do Reino Franco (ocupava a região central da Europa). Este período ocorreu durante o reinado do imperador Carlos Magno (768 – 814).

Com uma política voltada para o expansionismo militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu pai, Pepino, o Breve. Conquistou a Saxônia, Lombardia, Baviera, e uma faixa do território da atual Espanha.


Embora as conquistas militares tenham sido significativas, foi nas áreas cultural, educacional e administrativa que o Império Carolíngio demonstrou grande avanço. Carlos Magno preocupou-se em preservar a cultura greco-romana, investiu na construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento das artes. Graças a estes avanços, o período ficou conhecido como o Renascimento Carolíngio. 


Reforma Educacional 

Na área educacional, o monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas palatinas). Nestas escolas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.


Administração territorial 

Para facilitar a administração do vasto território, Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As regiões foram divididas em condados (administradas pelos condes). Para fiscalizar a atuação dos condes, foi criado o cargo de missi dominici. Estes funcionários eram os enviados do imperador para fiscalizar os territórios. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar ao imperador sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis e etc.

O centro administrativo do império era a corte palaciana, formada por pessoas de confiança do imperador. Entre os principais funcionários da corte, podemos destacar: camareiro, camerlengo, senescal, copeiro, marechal e conde palatino.

O império não possuía uma capital fixa, mas sim itinerante, pois ela se fixava na cidade em que a corte estava.


Arte carolíngia 

A arte sofreu uma grande influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam-se a construção de palácios e igrejas. As iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este período.


Coroação 

No ano de 800, um importante fato histórico representou o poder de Carlos Magno. Aproximou-se da Igreja Católica e foi coroado imperador, do Sacro Império Romano-Germânico, pelo papa Leão III. Desta forma, colocou-se como um defensor e disseminador da fé cristã pelas terras dominadas.

Principais regiões conquistadas por Carlos Magno:

- Conquista da Germânia em 772.
- Conquista da Pavia em 774.
- Anexação do Ducado de Friuli (Itália).
- Conquista das Ilhas Baleares em 779.
- Conquista do Ducado de Spoleto na Itália em 780.
- Tomada da cidade de Barcelona em 801.


Enfraquecimento do império 

Após a morte de Carlos Magno, em 814, o Império Carolíngio perdeu força. As terras do império foram divididas entre os netos de Carlos Magno, em 843, através do Tratado de Verdun.


BIBLIOGRAFIA:
ARRUDA, José  Jobson de Andrade. História antiga e medieval. 2ed, São Paulo: Ática, 1977.
AQUIlES, Davy. Dinástia Merovíngia e Carolíngia – verbete d Bassa. Disponível em: http://davymoura.blogspot.com/2009/08/dinastias-merovingia-e-carolingua.html, acessado no dia 29 de junho de 210.
Os Merovíngios. Disponível em:
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MVTextos.html. Acessado no dia 29 de junho de 2010.
SIQUEIRA, Andre Luiz. Os Merovíngios. Disponível em:
http://andreluizsiqueira.wordpress.com/2009/07/31/os-merovingios/. Acessado no dia 29 de junho de 2010.
WOLLMANN, Lauri José. Origem e declínio do Império Carolíngio. Disponível em: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4857/1/Origem-e-declinio-do-imperio-Carolingio/Paacutegina1.html. Acessado no dia 29 de junho de 2010



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